Há tempos, comprar no Mercado Livre virou sinônimo de entrega rápida. A pulga atrás da orelha é: de que forma estas entregas são feitas com tanta velocidade? A resposta: com (muito) investimento em tecnologia e sustentabilidade. A empresa tem hoje a maior frota sustentável da América Latina, com 1.100 veículos elétricos circulando. Todos eles têm suas rotas minunciosamente programadas a partir de sistemas avançados de Inteligência Artificial, que otimizam os percursos, aumentam a eficiência e, claro, emitem menos carbono.
“Essa mágica de fazer as encomendas chegarem no mesmo dia da compra não é algo simples. Não podemos perder esta vantagem da rapidez. O pacote precisa chegar rápido, sim, mas com o mínimo de impacto ambiental possível. Então trabalhamos em primeiro lugar com eficiência. Rotas eficientes, veículos eficientes”, diz Raquel Keiroglo, gerente de sustentabilidade do Mercado Livre no Brasil.
A executiva afirma que a empresa conta com diversos algoritmos de planejamento de rotas e de modais. Os veículos elétricos, por exemplo, são escolhidos para percursos longos com trânsito mais intenso, pois seu desempenho é melhor nestes trajetos. “No congestionamento, os elétricos não queimam combustível e, quanto mais acontece o movimento de parar e andar, melhor para a bateria do carro”, explica Raquel. Há programas de IA que fazem a prospeção de entregas para daqui a 6 meses e informam quais serão os veículos mais adequados para cada uma. Sem contar que os próprios carros em breve também terão softwares e hardwares instalados.
Por ora, o grande desafio atualmente para o uso da frota elétrica no Mercado Livre é a recarga. Não existem postos de abastecimento na quantidade suficiente para a demanda. A empresa já instalou 200 postos de recarga na América Latina, mas ainda é preciso mais.
A VEZ DOS BIOCOMBUSTÍVEIS
Como nem tudo é possível ser entregue com veículo elétrico, o plano B é o investimento no desenvolvimento de uma frota de caminhões movidos a gás natural, combustível que emite cerca de 18% menos carbono que o diesel. Atualmente, 139 caminhões utilizam gás natural ou biometano no Brasil, além de algumas unidades no Chile.
O abastecimento destes caminhões também é um problema: no Norte e Nordeste é raro conseguir postos, então eles acabam circulando mais no Sul e Sudeste. “Gostaríamos de levar estes caminhões mais longe, mas não conseguimos por enquanto, pois não há abastecimento”.
De acordo com Raquel, o que vai fazer a diferença é o planejamento.
“Não se trata apenas de comprar veículos elétricos ou movidos a biometano. Precisamos planejar. Onde estes veículos irão rodar? Como serão abastecidos? Estamos investindo nestes carros porque nos antecipamos ao futuro, mas baseamos nossas ações em dados”.
UM OLHAR ESG
Além da questão da mobilidade, o Mercado Livre vem se destacando por suas iniciativas ESG – no mês passado esteve nos Melhores ESG 2023, na categoria Atacado, Varejo e E-commerce, prêmio concedido pela revista Exame.
O projeto Regenera América, lançado em 2021, já investiu US$ 12 milhões em 6 projetos diferentes financiados no Brasil e no México para restauração e reflorestamento. Foram mais de 6 mil hectares e 10 milhões de árvores nativas restauradas, com potencial para capturar 900.000 toneladas de CO2 nos próximos 25 anos.
No ano passado, a empresa lançou ainda o projeto que elimina embalagem secundária. Ou seja: substitui as caixas de papel e envelopes plásticos por uma única etiqueta, colada diretamente sobre a mercadoria.
“Além da mobilidade, as embalagens também são desafiadoras: como entregar de maneira mais sustentável? Ninguém ainda em uma solução definitiva, pois o produto precisa chegar protegido, seguro e íntegro. Atualmente todas nossas embalagens tem cerca de 30% de papel reciclado, sendo que 100% delas são recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis”, completa a executiva.
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