O que a diabetes e a hipertensão têm em comum? Silenciosas e sorrateiras, as duas são doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), grupo de enfermidades que causam sete em cada dez mortes no mundo, de acordo com relatório da Organização Mundial de Saúde divulgado em 2021.
A resposta é “sim” para a pergunta que você provavelmente está se fazendo agora: muitas destas perdas humanas poderiam ser evitadas.
O diagnóstico precoce e o tratamento correto feito o quanto antes são decisivos. Se a percepção tardia do quadro acontece com frequência entre pessoas que têm planos de saúde, quem não dispõe desse recurso e está em situação de vulnerabilidade social enfrenta uma realidade ainda mais grave.
É aí que entra o Ciclo do Cuidado do Instituto Sabin, OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) responsável pelo Investimento Social Privado do Grupo Sabin, um dos maiores players no setor de medicina diagnóstica do país.
“Nós vivemos em um modelo hospitalocêntrico, no qual o cuidado à saúde é feito de uma forma reativa, e não preventiva. Isso acaba não sendo um cuidado da saúde, mas sim da doença. Todo ser humano merece saúde de qualidade”, explica Gabriel Cardoso, gerente-executivo do Instituto Sabin. Ele acrescenta:
“Quando trabalhamos a abordagem preventiva no Ciclo do Cuidado, estamos olhando não para uma doença específica, mas para a saúde da pessoa de forma integral, de acordo com o momento de vida dela, a situação social e perfil, buscando antecipar e prevenindo qualquer tipo de problema”
O médico Fernando Uzuelli, especialista em Medicina da Família & Comunidade e head da Rita Saúde, plataforma de acesso à saúde do Grupo Sabin, comenta que pessoas em situação de vulnerabilidade social estão em desvantagem neste cenário, por isso, são o público-alvo da iniciativa.
“Neste grupo, é maior a incidência de condições negligenciadas. É comum que, em situações assim, uma doença crônica não transmissível leve anos para ser identificada”, explica.
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Saúde preventiva em foco
Para oferecer acesso à saúde preventiva para pessoas que muitas vezes esperam longos períodos por uma consulta ou realização de exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Instituto Sabin realiza, desde de 2021 e em parceria com o Instituto Horas da Vida, o Ciclo do Cuidado.
Por meio dele, realiza a doação de teleconsultas e exames laboratoriais, o core business do Grupo Sabin, para viabilizar a saúde preventiva de quem faz parte de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) que fazem parte do programa Saúde+, voltado para o fortalecimento de empreendedores sociais que fazem a gestão dessas organizações em todo o país.
Até hoje, pessoas de 38 organizações passaram pela iniciativa. Em 2021, o projeto beneficiou 24 instituições a partir de uma abordagem geral de saúde preventiva. Em 2022, o ciclo se voltou para as doenças crônicas não transmissíveis e contemplou 14 OSCs.
Jornada completa do paciente
O ciclo envolve várias etapas, como consultas de enfermagem para triagem dos pacientes (somente em 2022, foram realizadas 237), realização de exames na rede de laboratórios do Grupo Sabin (ano passado, foram 1817 exames laboratoriais realizados, em, em 2021, 491), consultas médicas e encaminhamento para o SUS, além de ações de educação em saúde.
“O Ciclo do Cuidado tem a preocupação de cuidar da jornada completa do paciente. Não é só uma consulta pontual, tem todo um processo muito maior do que isso”, explica Camila Sartorato, enfermeira e gerente de projetos da organização Horas da Vida. Ela complementa:
“Nós pegávamos na mão do paciente e caminhamos com ele passo por passo, com atenção a todo momento em como está sendo a experiência para ele e sempre acolhendo. Engajar é um desafio, especialmente quando fazemos isso de forma remota e diante das desigualdades. Por isso nosso acompanhamento é tão importante, assim como o comprometimento das OSCs”
Para o sucesso das duas edições, a colaboração foi peça-chave. Karen Gois, analista de projetos do Instituto Sabin, acredita que a atuação dos pontos focais, representantes das OSCs que atuaram no Ciclo do Cuidado ajudando na seleção dos participantes e nos lembretes dos agendamentos, tirando dúvidas e organizando a estrutura necessária para a realização das teleconsultas, foi fundamental.
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Colaboração: quando a união salva vidas
Para Karen, os resultados obtidos se devem ao comprometimento de todas as partes envolvidas no Ciclo do Cuidado e, especialmente, dos pontos focais das OSCs participantes.
“Essas pessoas conhecem a fundo os seus assistidos e entenderam para quem o projeto seria mais relevante. Se chegamos até aqui, é porque cada ponto focal fez parte dessa história e deixou o seu legado”, reflete.
Renata Melo, presidente do Instituto Entre Nós Tecnologias Sociais – IENTS, localizado em Planaltina, Distrito Federal, foi uma dessas pessoas.
O IENTS, que existe formalmente desde 2018, trabalha com projetos voltados para o crescimento socioeconômico da comunidade em situação de vulnerabilidade da região. Na iniciativa do Instituto Sabin, 26 pessoas iniciaram o ciclo e 22 concluíram todas as etapas.
Renata é grande entusiasta do Ciclo do Cuidado e se alegrou ao fazer parte dos benefícios gerados:
“Muitas das mulheres que participaram do Ciclo do Cuidado há anos queriam fazer os exames, mas não conseguiam. Algumas descobriram alterações nas taxas. Tivemos até um caso em que um câncer de tireóide foi descoberto no projeto, que ofereceu exames laboratoriais e até mesmo uma tomografia. Com isso, a cirurgia e o tratamento foram feitos pelo SUS. Esse programa salvou a vida da Fátima”
A assistida à qual ela se refere é Fátima Krinski. Sobre o Ciclo do Cuidado do Instituto Sabin, Fátima afirma: “Os exames foram muito importantes. Fiz a minha cirurgia de retirada total de tireóide pelo SUS, hoje está tudo bem com a minha saúde e eu espero que este projeto abrace muitas outras pessoas e muitas vidas pelo caminho!”.
Benefícios multiplicados
Camila acredita que o Ciclo do Cuidado beneficia de forma direta, mas também indireta, sendo algumas frentes, como a de educação em saúde, uma forma de multiplicar bons hábitos:
“Se uma mãe, em geral a responsável pelo preparo dos alimentos nas famílias, absorve conhecimento em saúde, o impacto da nossa iniciativa se estende, porque ela pode levar essas mudanças positivas para mais pessoas, como os filhos”
Para além dos números, quem participou do Ciclo do Cuidado percebe um benefício que está no próprio nome do projeto: o cuidado genuíno.
“A nossa maior satisfação foi ter visto a alegria dessas pessoas em serem atendidas! Elas se sentem amadas e cuidadas, o que, para nós, é o amor em ação. Foi incrível”, opina Renata sobre o programa.
Ciclo do Cuidado 2.0
Diante de tantos resultados positivos, o Instituto Sabin está trabalhando em uma iniciativa para deixar o processo mais completo: o Ciclo do Cuidado 2.0.
Fernando explica que este é um projeto do Instituto Sabin que, através da plataforma de teleconsultas Rita Saúde, oferece 1 ano de acompanhamento na rede de clínicas de telemedicina Amparo Saúde, do Grupo Sabin.
O programa é composto por consultas programadas, ou seja, aquelas que a equipe de saúde agenda com o paciente, e por consultas não programadas, que são e saúde integral e
autocuidado apoiado. “Isso ajuda, e muito, na autonomia do controle da saúde do próprio paciente”, conclui.
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