“Com redução de custos e descarbonização, queremos liderar a transição energética no país”, diz Camilo Reis, da Raízen

Quando pensamos em planos e metas para o futuro, a Raízen Power, marca dedicada a soluções de energia elétrica renovável da Raízen, pensa – e projeta – lá no alto. E bem alto. “Temos como compromisso produzir hoje a energia do futuro. Portanto, não queremos menos do que liderar a transição energética no país”, cravou Camilo Reis, gerente comercial da companhia.

A empresa, que é hoje considerada a maior produtora de etanol de cana-de-açúcar do mundo, acaba de anunciar o início de operação de duas usinas de energia renovável para a solução de Geração Distribuída Compartilhada, em Alagoas. As plantas, localizadas nos municípios de Craíbas e Pilar, têm capacidade para abastecer cerca de 40 mil habitantes. O marco faz parte de um plano de expansão do seu portfólio de geração distribuída na região Nordeste. Atualmente, a companhia já opera no Ceará e Pernambuco, com usinas fotovoltaicas, e está entre as maiores comercializadoras de energia elétrica do país em volume, com mais de 28 mil clientes na carteira.

“Foram inauguradas duas usinas de biogás oriundas de aterros sanitários. O gás metano, que é um subproduto do aterro e iria contaminar o ambiente, é aproveitado e transformado em energia – inclusive mais barata”, explicou Reis.

E de que forma o preço é mais baixo? Isso se deve à geração distribuída que, como o próprio nome diz, é feita em pontos diversos, por meio de sistemas geradores que ficam próximos dos consumidores e que são ligados à rede elétrica pública. No caso da Geração Distribuída da Raízen, em Alagoas, os clientes conectados pela Equatorial Energia passam a ter descontos a partir de 10% na fatura de energia elétrica.

INVESTIMENTOS DE PESO

Para liderar a transição energética no país, a Raízen não está poupando esforços. Foram R$ 11,2 bilhões de investimentos na expansão do seu portfólio de renováveis entre 2022/2023. Estes investimentos em expansão foram orientados, majoritariamente, para a construção de plantas de etano de segunda geração, para o aumento da capacidade de geração de energia elétrica 100% renovável (principalmente geração solar), para a construção da segunda planta de biogás da Raízen, para projetos de eletromobilidade, irrigação agrícola, entre outros.

Desta forma, a Raízen Power tornou-se a quinta maior comercializadora de energia do Brasil em volume, de acordo com Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com mais de 24 mil clientes conectados nas soluções integradas da marca.

“Não temos uma bala de prata para a transição energética: temos algumas linhas de trabalho. Duas grandes apostas são o etanol de segunda geração e a energia solar”, comentou Reis.

Segundo o executivo, a empresa pretende implantar outras 250 plantas assim como estas de Alagoas. Atualmente, existem 32 em operação espalhadas pelo Brasil.

“O desafio é atender o Brasil inteiro, chegar nas regiões mais remotas. Democratizar o acesso à energia é principal nosso projeto”.