A Amazônia é uma floresta que ocupa o território de nove países. O Brasil é um deles e abriga 60% dessa floresta de onde saem insumos, alimentos e fármacos. Foi, por exemplo, a partir do veneno de uma cobra típica da região (Bothrops asper) que cientistas desenvolveram, em 1965, uma medicação que hoje controla a pressão de milhares de pessoas.
A cobertura florestal também tem uma importância enorme na regulação das chuvas – e consequentemente do clima – de muitas regiões. Mas a Amazônia corre o risco real de chegar em um ponto de savanização caso a degradação atinja 25% da sua cobertura. Isso atingiria em cheio a biodiversidade e as consequentes descobertas que só são possíveis por causa dela; a descarbonização, já que a floresta é um grande estoque de carbono; os ciclos hidrológicos com os quais a floresta colabora e também a vida das pessoas que vivem na região.
Para evitar que isso aconteça é preciso mudar a forma de desenvolver a floresta. Até hoje, as principais maneiras de lidar com a Amazônia são a exploração desenfreada, que retira recursos de maneira insustentável, ou a imobilização de áreas para preservação, que significa deixar aquela área intocada, sem possibilidade de gerar recursos.
Mas é possível desenvolver atividades sustentáveis que conjuguem benefícios sociais, econômicos e ambientais. Isso é importante porque a floresta é um ativo brasileiro que pode gerar recursos para o país e ajudar as pessoas que vivem na região a terem uma vida melhor e mais digna, sem que se perca suas funções socioambientais.
Para isso, é preciso desenvolver na região a chamada bioeconomia, que é a criação de negócios baseados na sociobiodiversidade amazônica e em sistemas de produção que incorporem tecnologia, engenharia e inovação. É conseguir gerar recursos e valor agregado na floresta sem derrubá-la.
No gráfico a seguir, explicamos os caminhos para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
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