O que é energia limpa?

A energia é considerada limpa quando o seu processo de produção não gera nenhum tipo de poluição, como é o caso das energias hidrelétrica, eólica e solar, entre outras.

De acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), o potencial é tanto que 90% da eletricidade mundial pode ser originada de fontes limpas até 2050 – 29% é o percentual atual. 

Essa projeção está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo número 7, chamado “energia limpa e acessível”, tem o foco em garantir o acesso a fontes de energia baratas, confiáveis, sustentáveis e modernas para todos.

Se esse ODS se cumprir, aumentam as chances de a humanidade limitar o aquecimento médio da temperatura global em 1,5 ºC comparado à temperatura global pré-industrial – o que só será possível se zerarmos as emissões de gases estufa (GEE) até 2050.

Energia limpa e energia renovável são a mesma coisa?

Parece, mas não é. Há fontes renováveis de energia, como o biodiesel e o biogás que, ao serem queimados, emitem GEE. Por serem poluentes, esses combustíveis são classificados como “fonte de energia renovável” mas não podem ser consideradas fontes de energia limpa.

Eis alguns exemplos de fontes de energia limpa:

• Eólica (dos ventos)

• Hidrelétrica

• Fotovoltaica (solar)

• Nuclear

• Hidrogênio verde

• Biomassa

• Geotérmica

• Marés

E quais são as vantagens da energia limpa?

A ONU listou cinco razões para acelerarmos a transição energética para energia limpa a fim de criarmos um caminho para um mundo mais saudável e habitável para as gerações que virão:

1. Energia limpa está ao nosso redor – e alcance
Atualmente, cerca de 80% da população mundial (cerca de 6 bilhões de pessoas) está em países importadores de combustíveis fósseis. Por outro lado, fontes de energia limpa estão presentes em qualquer país – e investir nelas diminui a dependência de importações e a vulnerabilidade diante de flutuações de preço do petróleo.

2. Energia limpa está mais barata
O preço da energia solar caiu 85% entre 2010 e 2020. Custos de energia eólica no mesmo período caíram 56% com turbinas terrestres e 48% com turbinas instaladas no mar. 

3. Energia limpa é mais “saudável”
Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 99% das pessoas no planeta respiram um ar mais tóxico do que os limites de qualidade do ar. Para exemplificar um dos efeitos indesejados dessa condição, a poluição decorrente da queima de combustíveis fósseis em 2018 causou US$ 2,9 trilhões em custos econômicos e da saúde – 8 bilhões por dia. 

A busca por fontes limpas de energia, considerando estes números, é uma maneira de conter as mudanças climáticas e também de melhorar a poluição de cidades e a saúde de populações. 

4. Energia limpa gera empregos
A Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês), calculou que cada dólar investido em energia limpa cria três vezes mais vagas de trabalho do que o mesmo valor aplicado na indústria de combustíveis fósseis.

Ainda de acordo com a IEA, até 2030, 5 milhões de empregos ligados à produção de combustíveis fósseis deixarão de existir. Por outro lado, a energia limpa tem capacidade projetada para criar outras 14 milhões de vagas profissionais

5. Energia limpa é economicamente vantajosa
Em 2020, US$ 5,9 trilhões foram gastos, mundialmente, para subsidiar combustíveis fósseis. Em contraponto, um investimento de cerca de US$ 4 trilhões anuais em energia limpa, daqui até 2030, pode ser suficiente para zerar as emissões de GEE em 2050.


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