Vivemos em uma era em que a geração de dados tem crescimento exponencial em todos os setores. Nesse cenário, as empresas se movimentam e se estruturam tecnologicamente para armazenar essa avalanche que chega a todo momento. O segredo do sucesso está em encontrar a solução ideal para transformar esse material bruto em informações que possam ser lidas e usadas com profundidade e de forma estratégica para o negócio. Com essa visão, a CTG Brasil, uma das líderes em geração de energia limpa do País, investiu em um sistema baseado em dados que vem para aperfeiçoar a gestão da saúde e da segurança de seus profissionais.
“Antigamente, o processo de reunir e tratar os dados era feito de forma manual, um trabalho exaustivo que ocupava muito tempo das equipes, com inspeções, auditorias internas, processos de gestão e informações separadas em caixas isoladas e relatórios emitidos com morosidade”,
conta Guilherme Ghedini, engenheiro de Saúde e Segurança na CTG Brasil, e um dos responsáveis pelo projeto.
Dessa dor, veio o questionamento: como automatizar o processo, reunir e transformar as informações em painéis visuais, detalhados e atualizados, para que os gestores e executivos pudessem elaborar melhor os planos de ação?
O Sistema de Informação de Segurança (SIS) trabalha com a divisão entre indicadores proativos e reativos. Os proativos incluem registros de inspeção de saúde e segurança, horas trabalhadas, atividades críticas, entre outros. Já os reativos reúnem acidentes e incidentes ocorridos, taxas de frequência e gravidade e saúde ocupacional e bem-estar, indicadores que permitem o acompanhamento dos eventos e uma análise crítica para definição de planos de ação.
“A ideia é trabalhar mais o proativo para que consigamos atuar sempre preventivamente”, aponta Guilherme.
Para a composição do SIS, foi feita uma imersão e uma parceria entre diversos times da companhia, visando entender quais seriam os indicadores que não poderiam faltar e de onde eles vêm, mapeando os dados mais importantes para as tomadas de decisão. Como detalha Fábio Fantini, diretor de Tecnologia da Informação da CTG Brasil:
“Levantamos informações, rastreamos fontes de dados em sistemas existentes, definimos estruturas de dados voltadas ao Analytics, montamos uma árvore com a hierarquia das informações, desenhamos e desenvolvemos processo de mineralização e visualização para gerar informações com confiabilidade, frequências e tempos satisfatórios para tomada de decisão”.
O resultado é um sistema que exibe 10 dashboards intuitivos com dados em tempo real, totalizando 40 painéis de informações, 14 APIs, 57 indicadores primários, sendo 251 informações disponibilizadas, incluindo análises cruzadas.
A tecnologia aplicada é o Data Lakehouse, um tipo de arquitetura moderna e flexível que permite armazenar dados estruturados e não estruturados. Essa tecnologia ainda possibilita um próximo passo na jornada de análise, incluindo soluções de machine learning futuramente.
Tudo foi planejado para ser muito visual. Por exemplo: olhando para um mapa é possível perceber automaticamente qual é a unidade da CTG Brasil que lista mais ocorrências. Passando o cursor por cima do local, surgem todos os indicadores atualizados, que apontam que é preciso atuar mais na gestão indicada.
“A CTG Brasil sempre teve como um de seus valores priorizar a vida e a liderança sempre atuou ativamente para que a segurança não ficasse apenas no discurso”,
afirma Alexander Daquila, gerente de Operação e Manutenção de usinas da CTG Brasil, que está há 25 anos na companhia.
Ele reforça que, com a criação do SIS, os esforços diminuíram e ficou muito mais fácil e rápido fazer análises qualitativas e definir planos de ação. A ferramenta oferece subsídios para tomada de decisão responsável baseada em dados, olhando para cada usina separadamente, permitindo analisar as oportunidades de evolução e direcionar esforços e verba para os pontos de atenção de cada local.
E muitos dos dados, agora agrupados, com a mesma identidade e transformados em informações relevantes, estão sendo compartilhados também com as equipes de trabalho.
“Mensalmente promovemos um diálogo sobre nossa cultura de segurança do qual participam todos os profissionais das usinas. Com a ajuda do SIS, conseguimos apresentar dados de forma mais didática e, junto com os profissionais, estabelecer prioridades, contribuindo para que possamos trabalhar de forma proativa, sempre visando a segurança no ambiente de trabalho e o cuidado com as pessoas”, justifica Alexander.
Todos os profissionais da CTG Brasil aptos a usar o SIS já foram treinados e o projeto está em operação na companhia desde 2022, mas segue em processo de análise de melhorias e integração de tecnologias. O resultado é muito mais segurança e uma agilidade que pode ser sentida no dia a dia:
“Sem o sistema, as informações levavam dias para serem consolidadas. Hoje, se tem acesso a elas em poucos cliques. Já sentimos um enorme ganho com a otimização do tempo das equipes, de pelo menos 20%. Nossos técnicos, que antes precisavam voltar ao escritório para relatar os dados, agora podem usar esse tempo em campo, fazendo as vistorias, gerando informações, contribuindo ainda mais para a segurança, girando a roda”, diz Guilherme.
O SIS é um projeto alinhado com a estratégia ESG da empresa e contribui ainda mais para garantir um ambiente de trabalho seguro, saudável e diverso. Ao proporcionar integridade das instalações e dos profissionais, a CTG Brasil ainda colabora com a segurança de todas as comunidades do entorno das usinas. Em relação à Governança, o SIS entra como uma ferramenta estratégica que ajuda na tomada de decisão responsável baseada em dados, e a análise das informações em tempo real direciona para os investimentos mais adequados e que levarão ao crescimento sustentável.
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