Cada árvore importa: como a CTG Brasil ajuda a combater as mudanças climáticas mantendo a Floresta Amazônica em pé

A cada segundo, 17 árvores são derrubadas na Amazônia. Isso equivale a mais de 1,4 milhão delas por dia, segundo dados do Infoamazonia. Cada vez que uma árvore cai por terra, não é só o bioma que perde. Ao ser cortada, a árvore libera na atmosfera o gás carbônico que havia acumulado em suas raízes, fazendo com que o impacto seja também no futuro do planeta.

Por isso, conservar é uma tática essencial para garantir a sustentabilidade e contribuir para as metas climáticas globais. Como fazer isso de maneira eficiente, sobretudo em áreas tão nobres e em constante disputa como a Amazônia? Iniciativas ambientais apoiadas por grandes empresas têm sido um desses caminhos. Um bom exemplo é o trabalho desenvolvido pela CTG Brasil, uma das maiores geradoras de energia limpa do País, em parceria com a Biofílica Ambipar.

A ideia é simples: de um lado, é preciso investir em monitoramento contra o desmatamento e em desenvolvimento sustentável de comunidades de pequenos agricultores da região para garantir que as árvores da floresta permaneçam em pé. A verificação externa dos resultados alcançados gera créditos de carbono equivalentes à área que foi conservada.

De outro lado, a empresa por meio da compra de créditos de carbono, suporta a conservação de florestas e a melhora das condições de vida das comunidades, permitindo que a companhia possa compensar ou neutralizar as emissões de sua própria operação, garantindo que sua atuação tenha o menor impacto possível para o clima.

DESENVOLVIMENTO LOCAL E CONSERVAÇÃO DA FLORESTA

Desde 2011, a Biofílica Ambipar mantém o Projeto REDD+ Jari Amapá, baseado em um modelo de desenvolvimento econômico que valoriza a floresta e tem como objetivo a geração de créditos de carbono a partir do mecanismo REDD+ (Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal associada à conservação dos estoques de carbono florestal, manejo sustentável e aumento dos estoques de carbono florestal Neutralidade de carbono).

O projeto está localizado no Vale do Jari, nos municípios de Laranjal do Jari e Vitória do Jari, ao sul do estado do Amapá, na divisa do estado do Pará. O entorno conta com várias Unidades de Conservação, servindo como um corredor ecológico para as matas preservadas. A CTG Brasil financia práticas ambientais mais sustentáveis entre as famílias de agricultores de pequeno porte da região, que se tornam guardiões da riqueza natural da Amazônia.

“A essência do projeto é conservar áreas que sofrem pressão por desmatamento ilegal. É um desafio fiscalizar os limites territoriais de propriedades e suas regiões na Amazônia. Fazemos uma série de atividades para conscientizar a comunidade de que ela pode ter renda a partir de atividades sustentáveis – ou seja, não precisa desmatar para se manter”, explica Plínio Ribeiro, CEO da Biofílica Ambipar. Depois de estabelecidas novas fontes de renda, a própria comunidade se torna uma guardiã da mata.

“Conseguimos evitar o desmatamento, desenvolver a comunidade e proteger a biodiversidade. O fato de manter essa árvore conservada faz com que ela retenha o carbono no ecossistema.”

Morador da área do projeto REDD+ Jari, que recebe investimentos da CTG Brasil (Foto: Divulgação).

A JORNADA DE UMA EMPRESA PARA COMPENSAR SUAS EMISSÕES

Em 2022, a CTG Brasil compensou, pelo terceiro ano consecutivo, 100% das emissões de gases de efeito estufa diretas de suas operações. A compensação se deu por meio da compra de créditos de carbono gerados pelo Projeto REDD+ Jari Amapá, da qual a companhia é uma de seus apoiadores.

No entanto, até que a empresa tenha em mãos o certificado de emissões compensadas a cada ano, um longo caminho é percorrido pela companhia. A jornada começa com um inventário de emissões de GEE, que é feito de acordo com especificações do Programa Brasileiro GHG Protocol.

O inventário é organizado em três escopos: as emissões diretas das operações (escopo 1), as emissões associadas à aquisição de energia elétrica (escopo 2) e as demais emissões na cadeia de valor (escopo 3). O escopo 3, por envolver a emissão de GEE de fornecedores, ainda é um desafio para as empresas em todo mundo. No entanto, a CTG Brasil já busca soluções para estimar e mitigar também essas emissões.

Já os escopos 1 e 2 são totalmente compensados pela empresa por meio do projeto, o que coloca a companhia na lista das grandes corporações brasileiras que compensam 100% de suas emissões diretas, em sua contribuição para frear o impacto das mudanças climáticas.

“Ter um grande parceiro como a CTG Brasil, que compra créditos de carbono de modo antecipado, é importante porque mostra que a empresa está comprometida com o apoio de longo prazo ao projeto. Mais de 75% da renda que a gente obtém com a venda do crédito de carbono é reinvestida nas atividades do projeto”, diz Plínio.

VERIFICAÇÃO EM TODAS AS ETAPAS GARANTE TRANSPARÊNCIA

Na parceria entre a CTG Brasil e a Biofílica Ambipar, o processo que vai desde a emissão de GEE em decorrência da atividade produtiva até a compensação das emissões via compra de créditos de carbono é todo verificado por instituições certificadoras reconhecidas internacionalmente. A companhia foi reconhecida nos três últimos anos com o selo ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, referência para quantificar e gerenciar as emissões de gases de efeito estufa. Isso colabora para que essa trajetória seja transparente e permite que a empresa anuncie, com orgulho, que sua atividade econômica direta é 100% neutra em carbono.

“A ideia do crédito de carbono é compensar. Parte-se do princípio de que a empresa fez tudo o que era possível para reduzir as emissões, mas aquilo que ela minimamente emitiu precisa ser compensado. Isso a compra de créditos de carbono faz.”

Em 2022, a CTG Brasil compensou 1.286 tCO2e. Por se tratar de uma empresa geradora de energia limpa e com medidas de responsabilidade ambiental voltadas para a redução das emissões de gases de efeito estufa, esse é um volume considerado pequeno diante da média demandada pelas grandes empresas brasileiras.

O projeto da Biofílica Ambipar incentiva que as comunidades locais possam se desenvolver por meio de atividades sustentáveis. As ações envolvem cerca de 38 famílias, que trabalham em uma área de 220 mil hectares. O projeto colabora para o cumprimento de parte dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU, entre eles o combate às mudanças climáticas.

“Se a gente promove mudanças na comunidade em que atuamos, os moradores vão ser os reais agentes para preservar a floresta. Para isso, é preciso dar os meios para o sustento dessas famílias. Sem a parceria da CTG Brasil e de outras grandes empresas não conseguiríamos, de fato, viabilizar o projeto”, conclui Plínio.


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