Se você costuma consumir bebidas em embalagem de alumínio, certamente já teve em mãos uma latinha produzida pela Ardagh Metal Packaging. A marca, uma das líderes na produção e venda de latas, opera 57 instalações em 12 países, e chegou ao Brasil em 2016. De lá pra cá, cresceu expressivamente:
“Nestes sete anos, dobramos a operação brasileira e sua capacidade produtiva, mesmo com o cenário da pandemia no caminho”, comemora o CEO no Brasil, Jorge Bannitz.
A empresa conta com três unidades de produção, sendo duas fábricas de lata, em Jacareí (SP) e Alagoinhas (BA), e uma fábrica de tampas em Manaus (AM), com alto grau de automação. E, com uma atuação tão importante no mercado, produzindo uma das embalagens mais sustentáveis do mundo, a Ardagh tem consciência de que a agenda ESG precisa estar no centro, na estratégia do negócio.
Por isso, em 2019, a empresa criou um comitê de sustentabilidade global que se debruçou sobre a matriz de materialidade que definiu a estratégia da agenda pensando em três temas: emissões, ecológico e social.
“Em relação a emissões, visamos as questões de redução de compostos orgânicos voláteis (VOC´s) e gases de efeito estufa; no ecológico, a melhor interação da operação com o meio ambiente, com foco em gestão e excelência no consumo de água, aterro zero e economia circular; e no social, olhamos para dentro, desenvolvendo a diversidade e inclusão, além de retenção de talentos para criar uma marca empregadora forte, e para fora, com a melhor interação com a comunidade, dando retorno positivo a quem nos acolheu”, pontua Elisangela Matos, diretora de sustentabilidade da Ardagh.
Constantemente, a empresa busca um equilíbrio de ações, mantendo um modelo econômico razoável e competitivo financeiramente ao mesmo tempo em que preza pela excelência nas operações para ser mais eficiente produzindo mais com menos.
“Para tanto, é preciso um mindset diferente. A liderança está muito engajada e todos estão comprometidos com essa transformação. Ninguém vai dormir sem um planejamento e acorda sustentável. Temos desafios e um excelente modelo de negócio”, pondera Elisangela.
Em relação à diversidade, equidade e inclusão, a Ardagh vem trabalhando essa agenda com responsabilidade e, para ajudar nessa jornada, lançou o programa Vivendo entre Mundos (VEM), que começou com o letramento dos colaboradores e um censo que mapeou a diversidade no quadro de pessoas. O resultado foi a criação de grupos de afinidade que atuam para manter um ambiente de trabalho igualitário, que ofereça segurança psicológica e bem-estar, com engajamento de diretores em cada grupo.
Os números têm mostrado que companhia está no caminho: atualmente, 28% da liderança é formada por mulheres (em São Paulo, são 44%) e 42% dos colaboradores são pretos e pardos.
Já no pilar governança, a empresa acredita que trilha uma jornada ética naturalmente.
“Logo na formação da Ardagh já se colocava muito peso nessa agenda, com uma área bem estruturada que garante uma atuação muito forte no sentido da governança. E ela se mantém sustentando nossa trajetória”, aponta o CEO.
Vale ressaltar que em 2022 a empresa reforçou sua política de compra responsável lançando uma cartilha de governança a todos os fornecedores.
O futuro passa pela educação
A Ardagh entende que o investimento nas pessoas é ponto-chave para um futuro melhor e coloca em prática diversas iniciativas sociais. Um grande exemplo é o projeto de longo prazo que visa a formação nas áreas de robótica e de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) na educação pública.
“Com o programa Ardagh para a Educação, em parceria com o SESI, investimos para colocar essas áreas de conhecimento dentro da escola pública com um projeto focado no ensino fundamental. Trabalhamos para oferecer competências a crianças e jovens que serão os futuros profissionais das empresas do amanhã”, explica Elisangela.
“Investimos nesse projeto de dez anos porque sabemos que não é possível colher os frutos de uma educação de qualidade em pouco tempo. Nossa proposta é transformar e isso leva tempo. Queremos oferecer conhecimento e impulsionar as carreiras dos jovens para que eles possam entrar no mercado de trabalho como estagiários e alcançar a liderança de forma segura”, comenta Bannitz.
E como o grande ator da transformação é o professor, o projeto vai capacitar 2500 docentes para que eles gerem a multiplicação do conhecimento, beneficiando milhares de estudantes.
Outra frente de atuação da Ardagh no pilar social é a capacitação de jovens que estão fora do mercado de trabalho. “Sabemos que 1 em cada 3 brasileiros entre 18 e 24 anos não estuda e nem trabalha, um número alarmante sobre o qual podemos atuar e contribuir com educação. Podemos desenvolver essas pessoas e, futuramente, absorver a mão de obra”, aponta a diretora de sustentabilidade da Ardagh.
A visão da companhia em relação ao futuro é completa:
“Não adianta olharmos apenas para nossa atuação. Precisamos contar com uma cadeia de sucesso, com parceiros, fornecedores e todos os atores engajados”, destaca Elisangela.
Para ajudar mais empresas nessa trajetória, a Ardagh vem oferecendo treinamentos para os negócios que queiram investir na transformação.
O segredo da trajetória bem-sucedida
Sendo uma empresa estrangeira, como trabalhar o global olhando para o local? Para Elisangela, os fatores cruciais são a confiança e a liberdade para atuação.
“Temos uma diretriz global e podemos fazer nossas adaptações. Se olharmos apenas para o Brasil, temos culturas muito diferentes em cada região em que atuamos. Então, entendemos que não dá para ter o mesmo pacote de medidas para todos. Nos debruçamos sobre cada um e trabalhamos da maneira mais adequada para gerar valor”, diz.
Investindo em pessoas, a empresa também está em uma caminhada para fortalecer seu posicionamento como marca empregadora.
“Como nosso negócio é B2B, que fala com o fabricante, não temos nosso nome tão conhecido pelo consumidor final. Nesse contexto, para atrair mais talentos, trabalhamos internamente para garantir um excelente clima, um ambiente saudável e benefícios competitivos. Sentimos o resultado positivo com o baixo turnover nas plantas e nas nossas operações. Também levamos nosso nome a feiras de universidades e nos mostramos mais para o mercado de trabalho. Sinto que estamos bem, mas, claro, sempre há espaço para aperfeiçoar”, conclui Bannitz.
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